domingo, 13 de maio de 2007

A Sétima Lua


O "personagem misterioso" observa os navios voadores do Império Melkhar
por Flávio A. Ribeiro

Estou produzindo um conto ambientado em Isaldar, palco do Crônicas da Sétima Lua, cenário de campanha editorado pelo Telles e escrito pelo Tzimisce, Tiago, Rocha e Garrell. A idéia é descrever uma história simples, mas que apresente elementos do cenário, como raças e lugares, de forma empolgante. Já escrevi um bom pedaço e posso dizer que está sendo um exercício interessante.

Um dos desafios é pegar o feeling do Crônicas e passar isso pro leitor. Essa parte seria muito mais árdua se eu não tivesse acompanhado, indiretamente, o processo de escrita do cenário - já que quase todos os autores atuam comigo n'O Círculo. Também optei por narrar o conto em primeira pessoa, na visão da mau-humorada tecnomaga Morgal, tentando dar uma abordagem mais "humana" e menos impessoal.

Segue um trecho:

As Planícies do Crepúsculo eram uma amostra do que havia além delas. Como área de fronteira do Império Melkhar, possuia poucas vilas e muitos postos militares. Eventualmente uma aberração da Ferida ou morto-vivo da Muralha adentrava, causava estragos e tinha que ser caçado. No caminho vimos alguns camponeses com seus rebanhos de ovelhas e muitos destacamentos dos guardas, cujos comandantes nos olhavam ao longe cheios de insolência e desconfiança.

- Seus conterrâneos nos encaram como se fossemos piores que eles – Arshag quebrou o silêncio – mas ainda assim lhes devo algum agradecimento por toda essa parafernália que tantas vezes nos foi útil.

Falava aquilo com uma mistura de um amargura e senso de humor típico dos meio-orcs. Isso me fazia pensar que, de fato, a melhor coisa que nós melkharianos desenvolvemos foi a tecnomagia. Mas tanto brilhantismo nos custou a humildade, como eu acabei descobrindo nos primeiros anos que vivi em Nova Melkharis.

Ao fim do dia, chegamos ao Porto de Lirna, um grande aglomerado na exata divisão entre as planícies e a Ferida. Lirna era uma fortaleza avançada do Império Melkhar que ficava no local, destruída durante a último período de Escuridão. O lugar foi considerado agourento e abandonado pelos militares, que fizeram outra fortaleza a poucas léguas dali. Grupos de meio-orcs ocuparam as ruínas sob ameaças do Império, mas tão logo o lugar se tornou um grande ponto de caravanas eles foram deixados em paz.

Ele provavelmente vai sair em uma ou mais colunas na RedeRPG durante o mês de agosto, talvez antes.

::Rafael Barbi

quarta-feira, 9 de maio de 2007

(Re) Começo

A página d'O Círculo saiu do ar no fim do ano passado por motivos técnicos. Íamos mudar de servidor e aproveitar pra lançar uma versão nova do site, com um pequeno fórum e espaço pra comentários também - além de fazer uma atualização massiva com previews (e algum material completo) de tudo o que foi produzido nesses dois anos e meio de existência do grupo. O projeto do site já estava muito adiantado, mas faltava aquele esforço derradeiro pra colocar tudo no ar, que incluía a edição do conteúdo, inclusão de imagens, diagramação, etc.

Acontece que essa tarefa de criar um site e mantê-lo atualizado não é fácil, ainda mais quando toda nossa equipe se desdobra em outros projetos, tanto os pessoais quanto a Secular Games. Sendo assim o caminho mais natural foi a criação de blog, onde o esforço de administração e atualização pode ser feito todos, sem maiores dificuldades. Assim também podemos dar a ele uma cara menos "institucional" e postar nossas impressões, experiências e desafios na árdua (e gratificante) tarefa do gamedesign.

Sendo assim, bem vindos ao weblog d'O Círculo!

::Rafael Barbi
© O Círculo. Todos os direitos reservados.